A fotografia nunca foi a minha primeira opção e talvez seja justamente por isso que ela faz tanto sentido na minha vida.

Desde cedo, meu coração flertava com outros caminhos. Primeiro, o design de moda. Sonhava em criar, desenhar, viver nesse universo criativo. Depois veio o design de interiores, mais uma paixão que acabou não se concretizando. Mas o bonito dessa caminhada é perceber que nada foi em vão. Cada escolha (mesmo as que não seguiram adiante) ajudou a formar o olhar que tenho hoje.

O design de moda me ensinou sobre estilo, composição e beleza com sensibilidade e isso me acompanha até hoje nos ensaios. Já o design de interiores foi essencial na época em que tive dois estúdios de luz natural em São Lourenço do Oeste, minha cidade natal. Ali, aprendi a criar ambientes com alma, cheios de aconchego e identidade. Foram anos de muito crescimento, aprendizados e trocas verdadeiras.

A fotografia entrou na minha vida de forma sutil. Sempre fui encantada por comunicação, passava horas observando comerciais de TV, tentando entender como as histórias eram contadas. Isso me levou a cursar Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, e foi nesse período que a fotografia começou a ganhar espaço dentro de mim. A verdade é que ela sempre esteve ali, nas câmeras digitais de casa, nos cliques despretensiosos da adolescência. Eu só não tinha percebido ainda.

Depois da faculdade, ainda tentei seguir pelo marketing. Mas algo faltava. Foi então que me permiti mergulhar de vez na fotografia e nunca mais parei.

No início, me encantei com o universo da fotografia comercial, cheio de luzes e produções. Mas, com o tempo, meu olhar foi se transformando. Fui entendendo o que me emocionava de verdade: a fotografia com alma. Aquela que carrega sentimento, que atravessa o tempo, que revela a beleza do que é real e essencial.

Hoje, vivo em Balneário Camboriú e me dedico a registrar mulheres, gestantes, casais e famílias com sensibilidade, verdade e propósito. Meu trabalho é feito para quem deseja sentir, lembrar e se reconhecer nas imagens, não só pela estética, mas pela emoção que elas carregam.

Essa é a jornada que escolhi viver. E sigo nela, todos os dias, com o coração aberto e grata por cada história que tenho o privilégio de contar com o meu olhar.